Diorama: “Nosso Jubileu no palco de Tor Vergata”

Uma banda que nasceu nos caminhos da animação do Pime levou, com a sua música, uma mensagem de esperança para o milhão de jovens reunidos em Roma com o Papa. O relato deles: “Transmitimos o entusiasmo que nasce do encontro com o outro e da fé no Senhor. Porque, como nos disse Leão XIV, cada um deve aspirar a coisas grandes.”

Mondo e Missione

Somos a Diorama, uma banda que nasceu em novembro de 2022, formada por amigos unidos pela paixão pela música e por uma experiência nos caminhos para os jovens propostos pelos padres e irmãs da animação missionária do PIME. Nos aproximamos da missão chegando a diversos países, da Guiné-Bissau ao Bangladesh, da Tailândia ao Brasil, mas também vivendo experiências fortes como a JMJ em Lisboa. Com o tempo, entendemos que a nossa música podia se tornar um veículo para uma mensagem de crescimento humano e de fé, de abertura ao mundo e de partilha com os outros.

Escolhemos, então, colocar os nossos talentos a serviço de todos para conectar as pessoas, com o único grande objetivo de levar aquilo que também nós, inesperadamente, recebemos e de fazer o bem onde quer que estejamos.

Inesperada também foi a ligação que nos chegou há poucas semanas, com um convite claro: fazer parte do grupo de artistas, músicos e testemunhas que na tarde de sábado, 2 de agosto, no palco-altar de Tor Vergata, tocaria enquanto se esperava a chegada do papa Leão XIV e o início da Vigília com quase um milhão de jovens de todo o mundo. Fomos contactados pela Pastoral Juvenil da Diocese de Milão depois de termos participado, na seção musical, do concurso “HOPE-Criativos na esperança” com a nossa música Loro non lo sanno (Eles não sabem), escrita propositalmente para o ano do Jubileu e que venceu a seção de música (https://music.youtube.com/watch?v=uGlbe7ia8fk).

Gostávamos da ideia de contar histórias de esperança nas quais as pessoas colocaram e continuam a colocar a própria vida em jogo, levantando-se, indo para o mundo, arriscando e perseverando, mesmo que aos olhos de todos possa parecer uma coisa louca, para buscar a felicidade. Essas histórias não podiam deixar de ser contadas também fora dos nossos círculos e dos lugares que frequentamos diariamente; então, com muita ansiedade, mas também com muita alegria e emoção, aceitamos o convite e partimos para Roma: nos reencontramos lá, unindo aqueles de nós que chegaram à capital com o próprio oratório, com a paróquia ou com o grupo de jovens em peregrinação com o Pime, para nos aproximarmos e caminharmos juntos em direção ao palco. Não tendo um percussionista no grupo, ficamos muito felizes quando a irmã Chiara Ubbiali, Missionária da Imaculada que conhecemos durante os caminhos e peregrinações no ano passado, aceitou a proposta de tocar conosco nos acompanhando na bateria.

Depois de alguns quilômetros de caminhada a pé até Tor Vergata, mesmo que estivéssemos um pouco perdidos e não totalmente prontos, nos sentimos no lugar certo ao levar duas das nossas músicas para compartilhar aquelas palavras que nos tocaram em primeira pessoa e que esperamos que tenham acendido algo nos jovens e nas jovens presentes. Na música One Day, rearranjada e traduzida da original do artista Matisyahu, é contada a esperança que abre espaço num mundo devastado pela guerra, com o desejo de construir uma realidade melhor, de paz e de fraternidade, que se baseie nos valores do amor e da busca pelo bem, e não do poder sobre o outro. A canção Loro non lo sanno é, por sua vez, um grande encorajamento a não desistir, a sentir que a esperança é certeza e confiança naquilo de grande que nos é dado viver com as pessoas ao nosso lado.

É sempre bom ter a oportunidade de experimentar concretamente tudo isso, especialmente nos dias do Jubileu: como Diorama, nós também o vivemos escolhendo fazer música sem fins lucrativos. A cada ano, decidimos transformar a nossa paixão em ajuda concreta apoiando uma missão do PIME: este ano, o nosso coração estará na Guiné-Bissau, onde apoiaremos as irmãs missionárias da Imaculada. Lá, com o seu carisma, as irmãs não apenas anunciam o Evangelho, mas se dedicam à promoção humana, em particular das pessoas mais frágeis e vulneráveis: crianças, mulheres e doentes. Nós, em particular, apoiaremos as suas iniciativas voltadas à promoção feminina, convencidos de que dar voz e oportunidades às mulheres é fundamental para o progresso de todas as comunidades.

Com a nossa música e o nosso compromisso, gostaríamos, então, de deixar uma mensagem forte e clara aos jovens: transmitir o entusiasmo que nasce do encontro com o outro e da fé no Senhor. Acreditamos que é exatamente aí que se encontra o segredo para uma vida plena, rica em alegria verdadeira e amor incondicional. E, num contexto tão especial, desejávamos que a nossa música fosse um veículo de paz e de fraternidade, um abraço que pudesse unir todos em um sentimento de amor universal.

O Papa Leão também nos lembrou disso durante o momento da Vigília: a amizade sincera e livre que sustenta as relações nas quais nos reconhecemos passa através da verdade das mensagens que compartilhamos, encontrando sua raiz em Cristo. Isso é o que, na amizade que nos une e na música que nasce desses laços, nos alimenta e nos permite fazer o que sozinhos jamais teríamos pensado em fazer e nos descobrir aos poucos, tornando-nos quem, sozinhos, jamais teríamos pensado em ser.

O que levamos para casa e o que guardamos no coração desta experiência, então? Que confiar no Senhor sempre faz bem. Acreditamos que as nossas histórias devem ser lidas neste sentido, e é o que mais nos impressionou nas palavras que o Papa nos deixou nestes dias. Mesmo na prova, nos foi dito que se pode e se deve continuar a caminhar com alegria: “Aspirem a coisas grandes, onde quer que estejam. Não se contentem com menos. Fomos feitos para isso: não para uma vida onde tudo é previsível e estático, mas para uma existência que se regenera constantemente no dom, no amor.” É assim que podemos realizar as nossas escolhas confiando na Sua promessa: que, onde estamos e para onde quer que vamos, o Senhor já está presente e lá quer nos encontrar. Lá podemos chegar contagiando quem quer que encontremos com todo o entusiasmo de que somos capazes, que não significa outra coisa senão caminhar “com Deus dentro”, com Deus ao lado.

Por A Banda Diorama Roberta De Donato (vocal), Raffaella Montani (vocal, baixo), Silvia Folgheraiter (baixo, guitarra elétrica, percussão), Mattia Vassalli (vocal, guitarra acústica, teclado), Letizia Balconi (vocal, violino). Tradução e adaptação Valesca Montenegro - redação

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