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Líbano: “Ninguém quer a guerra”

Após as explosões que tiveram como alvo as telecomunicações do Hezbollah no País dos Cedros e a decisão do exército israelense de reforçar a sua presença no front norte, a população vive com medo de uma extensão do conflito. Testemunho de dom Charbel Abdallah, arcebispo maronita de Tiro.

Local de um ataque israelense que teve como alvo a vila de Odaisseh, no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel, em 18 de setembro de 2024. (Foto de Rabih DAHER / AFP) (AFP or licensors)- Reprodução Vatican Media

Mais uma vez, as populações do sul do Líbano têm a sensação de se tornarem reféns de um conflito que está fora do seu controle. Pelo menos aqueles que permaneceram na região, pois desde 8 de outubro de 2023, milhares de pessoas fugiram de povoados não muito distantes da fronteira israelense, para buscar refúgio em Beirute ou em outras cidades mais a norte. Desde então, os combates entre as Forças de Defesa de Isarel e o Hezbollah têm sido diários. Mas os ataques que tiveram como alvo os dispositivos de telecomunicações da milícia xiita na terça-feira, 17 de setembro, e quarta-feira, 18, aumentaram a ansiedade e a incerteza.


Além dos alvos diretos representados pelos combatentes do Hezbollah, os anúncios israelenses de uma redistribuição de parte das tropas para o norte do país reavivaram os receios de uma guerra em grande escala entre Israel e o Líbano. Na manhã de quinta-feira, as Forças de Defesa de Israel anunciaram ter realizado novos ataques aéreos contra posições do Hezbollah e um depósito de armas no sul do Líbano. O primeiro-ministro libanês cessante, Nagib Mikati, pediu à ONU que interviesse para pôr fim à “guerra tecnológica” travada por Israel contra o seu país.

“As pessoas não suportam a ideia de uma nova guerra porque todos ainda temos a guerra de 2006 nas nossas cabeças e nos nossos corações.”

Ninguém quer um prolongamento desta guerra, afirma dom Charbel Abdallah, arcebispo maronita de Tiro, a grande cidade do sul do país, que recorda a situação muito precária das populações locais e a guerra de 2006 entre o exército israelense e o Hezbollah. O arcebispo também confirma que a oração continua no centro da vida dos cristãos que permaneceram na região apesar dos combates.


Por Olivier Bonnel - Cidade do Vaticano

 

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