O olhar para a Amazônia continua sendo um dos pontos principais para os Missionários da Consolata, que se reunirão em Roma para celebrar o seu XIV Capítulo Geral de 20 de maio a 25 de junho. Em entrevista à Radio Vaticano - Vatican News, Pe. Júlio Caldeira ilustra o papel dos missionários na Igreja
No próximo dia 20 de maio terá início em Roma, o Capítulo Geral dos Missionários da Consolata. Pe. Júlio Caldeira, missionário que está na cidade para aprimorar o italiano em vista do evento, concedeu uma entrevista à Radio Vaticano – Vatican News, onde conversou com Silvonei José. Pe. Júlio explicou que para o evento estão previstas, além da eleição do novo governo, novas diretivas para os missionários e missionárias para os próximos anos, nos quatro continentes onde se encontram.
Os Missionários da Consolata são uma família de consagrados, constituída por sacerdotes, irmãos e irmãs, para o anúncio de Cristo a todos os povos. Fundados pelo beato José Allamano, em Turim, no Santuário de Nossa Senhora da Consolata, em 1901, iniciando a missão pelo continente africano. Pe. Julio destaca que o beato sentia um forte apelo missionário, porém, devido à sua pouca saúde, organizou o envio de missionários para os lugares que percebia mais isolados e necessitados, como com os povos indígenas e quilombolas. A missão distribui-se hoje por várias Igrejas locais, em quatro continentes: Ásia, África, Europa e América, como expressão da missão universal da Igreja.
O Brasil foi o primeiro país fora da África onde os Missionários da Consolata foram enviados, precisamente em 1937, para acompanhar o processo da migração italiana, relata o sacerdote. E este ano fazem 75 anos que estão presentes na Amazônia. E mais de 80 em todo o Brasil. A primeira cidade foi São Manuel, no interior de São Paulo.
No país, atualmente, estão atuando cerca de 70 missionários professos, além dos que estão em formação. Hoje estão presentes em Roraima, Amazonas, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
O olhar preferencial pela Amazônia já tem um caminho trilhado desde a chegada dos missionários, mas, ir ao encontro dos que ainda não conhecem Jesus, especialmente o povo indígena, continua sendo uma das prioridades, particularmente o povo Ianomami, em Roraima e Manaus, onde está também a casa de formação dos missionários, explicou o padre.
Por Ir. Grazielle Rigotti, ascj - Vatican News
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