Missionárias em Caminho: Memória, Esperança e Futuro na Terra de Guiné-Bissau
- Editora Mundo e Missão PIME
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- há 22 horas
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A Guiné-Bissau, “minha terra de missão”, torna-se sempre uma nova Galileia — com suas tradições, sonhos, lutas e resistências. É o lugar de onde, continuamente, a missão é relançada.

Há 45 anos, desde a chegada das primeiras Missionárias da Imaculada, percebo — a partir das narrações das irmãs — que a missão aqui é um constante viver e aprofundar da responsabilidade missionária desta Igreja particular. Ela se realiza nas experiências, nos testemunhos e no contato com as diversas culturas, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, defendendo a vida e alimentando a esperança no coração do povo.
Ao contemplar o caminho percorrido, muitas vezes me pergunto: que trilhas trilhamos para concretizar os compromissos assumidos? Quais caminhos abrimos para projetar nossas Igrejas além-fronteiras, no seguimento de Jesus e na contínua aproximação ao novo, às pessoas e a Deus?
Uma frase do padre Giorgio Paleari, missionário do PIME já falecido, resume bem a resposta:
“Faz parte da missão, e é próprio da missão, cruzar fronteiras; é próprio da missionária estar sempre a caminho.”
É justamente esse caminho — entre o passado, o presente e o futuro — que nos faz compreender como é essencial fazer memória das origens e reavivar a nossa herança carismática. É dessa fonte que brota a força que nos anima a renovar hoje a nossa opção e a lançar-nos rumo ao futuro, com entusiasmo e criatividade. Assim, descobrimos que, desde o início, estamos a caminho — abrindo novas sendas na simplicidade, na pobreza, sustentadas pela esperança que não decepciona.
Mas isso ainda não basta: o caminho precisa continuar. A Igreja nasceu “em saída” e é missionária por natureza. Em nossas formações e catequeses, recordamos sempre que todo batizado é enviado e movido pelo desejo de tornar Jesus Cristo conhecido e amado.
Por isso, o nosso ser missionárias não pode deter-se em nós mesmas. Somos chamadas a despertar, com o nosso modo de ser e agir, as sementes de vocação missionária que Deus plantou no coração das jovens. Neste ano jubilar, em que somos convidadas a ser Peregrinas da Esperança, nasce em mim uma gratidão profunda por todas as graças que nós, missionárias, recebemos — e, ao mesmo tempo, a consciência dos desafios que o tempo presente nos propõe.
Somos convidadas a agradecer, mas também a ajudar a Igreja a permanecer aberta, capaz de oferecer de sua própria pobreza. É isso que nos motiva a trabalhar pelas vocações, para que “toda a Igreja seja para o mundo todo”.
Na experiência de acompanhar as jovens, descobrimos que sentir-se missionária é tomar consciência do chamado de Deus a sair de si mesma; é viver em comunhão com o projeto de Jesus e colaborar na construção do Reino de Deus.
Assim, irmãs e jovens acompanhadas, tomamos consciência de que a missão nasce de Deus como dom, retorna a Ele como serviço e se transforma, sempre de novo, em dom para o mundo.
Por Ir. Eliane Armoa, Guinea-Bissau - Missionária da Imaculada
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