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Vocação missionária do leigo e do catequista

No quarto domingo de agosto celebramos a vocação do leigo e o dia do catequista. A vocação do catequista é ser missionário, é viver a fé no seguimento de Jesus de Nazaré e na vida comunitária da Igreja, isto é, ser chamado e enviado como discípulo missionário. O catequista é a presença amiga, acolhedora e solidária, participante da comunidade, porta-voz da mensagem de Jesus, é poio que vai ao encontro dos catequizandos.


Reprodução da internet

A catequese missionária não é apenas voltada à preparação dos sacramentos, mas também para ação evangelizadora com o testemunho profético, junto à transformação da sociedade e das famílias dos catequizandos; assim também preocupada com a cooperação missionária, isto é, criando consciência missionária na participação da Igreja local com a missão universal, ad gentes.


A catequese missionária se compromete com a missão por meio da oração, do sacrifício e do testemunho de vida, que acompanham os passos dos missionários e das missionárias pelo mundo afora (cf. RMi 78), a exemplo de Santa Terezinha do Menino Jesus. Mas também tem o compromisso da ajuda econômica para os projetos missionários e comunidades que passam necessidades (RMi 81). Enfim, incentivando os catequizandos a doar a próprio tempo para missão evangelizadora. A missão Universal é o coração da cooperação, porque sem missionários não há missão, temos como modelo a São Francisco Xavier, padroeiro das missões.


Um catequista missionário conhece a realidade e a cultura em que vive, no diálogo capaz de conduzir, acompanhar, discernir os valores do Evangelho na linguagem adaptada à sensibilidade dos catequizandos. Ele é referência, guia espiritual e companheiro de caminhada no amadurecimento da fé na vida comunitária e missionária da catequese. Pela amizade e empatia é capaz de não desistir de ninguém, descobrindo em cada rosto a presença amiga de Jesus Cristo. Nunca é professor de religião, ou da doutrina cristã, mas discípulo missionário.

O catequista é pedagogo, que tem como modelo a pedagogia divina do diálogo e do encontro do próprio Jesus de Nazaré. Não despreza as dinâmicas educativas de trabalho em grupos e nem os meios modernos de comunicação, com a finalidade de fazer uma catequese agradável e dinâmica, sendo guia espiritual no processo de ser discípulos missionários.


A catequese é chamada a dar atenção individualizada a cada catequizando, sabendo que é pessoa única. Há de ser o anúncio alegre da Boa Notícia de Jesus Cristo, encarnado na vida e não uma doutrina ou moral. Ainda que se trabalhe em grupos, a atenção é individual, não só pelas vantagens psicológicas, mas também pelo desafio de fazer de outro jeito.


Enfim, a catequese é tão importante que a Assembleia da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos) teve um momento especial em 13 de abril de 2024, contou com o rito oficial de instituição do Ministério dos Catequistas da Igreja do Brasil. Recordemos que o Ministério laical do catequista foi instituído pelo Papa Francisco em 2021, com a Carta Apostólica Antiquum Ministerium. A carta do papa oferece uma panorâmica geral do significado e da importância do sentido de ser catequistas na Igreja. Feliz dia do catequista.


Por Rafael Lopez Villasenor, sx – Secretário da Pontifícia União Missionária

 

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