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Francisco, o único a não esquecer Mianmar

O papa Francisco foi uma das poucas vozes no mundo a lembrar constantemente do Mianmar, país do Sudeste Asiático dilacerado por um conflito que já dura há mais de quatro anos. Em 2017, em um momento de grande abertura política e econômica, o pontífice visitou o país, levando esperança aos fiéis de todas as religiões. Em Yangon, foi celebrada uma missa em sua memória.

Foto: HANDOUT / OSSERVATORE ROMANO/ AFP
Foto: HANDOUT / OSSERVATORE ROMANO/ AFP

Homenagem em Yangon

Uma multidão reuniu-se em oração na catedral de Yangon para prestar homenagem ao papa Francisco, durante uma missa de sufrágio presidida pelo cardeal Charles Maung Bo. Estavam presentes bispos, representantes do clero e membros do corpo diplomático. Para o povo birmanês, Francisco foi uma voz amiga constante, atento aos sofrimentos causados pelo isolamento internacional e pelo prolongado conflito civil.


Viagem histórica de 2017

Durante a homilia, dom Andrea Ferrante, da Nunciatura Apostólica, destacou a primeira visita de um papa ao Mianmar, ocorrida em 2017. "Eu estava em Yangon naqueles dias", lembra Livio Maggi, da ONG New Humanity, apoiada pela Fundação PIME. "Recordo bem da multidão no estádio para ouvi-lo". Naquele período, o país dava sinais de abertura rumo à democracia e a presença do Papa incentivou esse processo.


O cardeal Charles Maung Bo, S.D.B., arcebispo de Yangon (Mianmar), reza em memória do papa Francisco na Catedral de Santa Maria, em Yangon, no dia 22 de abril de 2025, um dia após sua morte. Créd. SAI AUNG MAIN /AFP
O cardeal Charles Maung Bo, S.D.B., arcebispo de Yangon (Mianmar), reza em memória do papa Francisco na Catedral de Santa Maria, em Yangon, no dia 22 de abril de 2025, um dia após sua morte. Créd. SAI AUNG MAIN /AFP

Um gesto que uniu religiões

O gesto de Francisco tocou não apenas os cristãos, mas também os budistas, que viram na visita um sinal de reconhecimento, paz e esperança. Todas as dioceses do país participaram intensamente desse momento histórico.


Foto: Vincenzo Pinto / AFP
Foto: Vincenzo Pinto / AFP

Compromisso contínuo com o país

Desde então, Francisco nunca deixou de lembrar o Mianmar. Segundo Maggi, ele foi a única autoridade mundial a mencionar o país quase todos os domingos durante o Ângelus. A preocupação concreta também se manifestou na criação de uma nunciatura permanente em Yangon, separada da de Bangkok, com presença diplomática contínua.


Desenvolvimento da Igreja local

Nos últimos dois anos, o episcopado do Mianmar foi renovado. Durante seu pontificado, Francisco ordenou três novos bispos, entre eles o da recém-criada diocese de Mindat, na fronteira com a Índia. A ordenação do novo bispo está marcada para o próximo Domingo da Divina Misericórdia, em Yangon, devido aos danos provocados por um recente terremoto em Mandalay.


Atenção às periferias

O papa sempre demonstrou cuidado com as regiões periféricas. Em Mindat, por exemplo, há uma expressiva comunidade católica com 40 sacerdotes atuando e um povo que, apesar das dificuldades, continua firme na fé.


Por AsiaNews - tradução e adaptação Redação Mundo e Missão

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